sábado, 17 de dezembro de 2011

Perdidos que se acharam


Eram duas almas perdidas, no escuro da estrada, sem rumo, sem direção, sem nada, apenas mágoas... E se perguntavam sempre o porquê, e pra que de tanto sofrer. A vida lhes havia sido ingrata, tanta dedicação não resultou em nada. Tristeza essa era ordem.
Andavam próximos, mas não se viam, estavam frente a frente, mas não se notavam a vida lhes cegou e nunca se encontravam. Até que em um domingo a noite o desespero bateu-lhes a porta. O desespero fora grato, fora amigo da esperança morta e lhes abriu os olhos...
E se viram e se encontraram e se cruzaram... Alma com alma, corpo com corpo... Fascinaram-se!  Ah o encontro de suas bocas sedentas de amor e de carinho, foi como chuva em terra seca, irrigou o coração, nutriu.
Foi o beijo mais marcante que ela já recebeu, foi domada de tal forma, que as luzes se acenderam, a vida se coloriu inteira ali naquele instante. Era uma nova criatura. Ele irradiou aquele sorriso sereno, aquele olhar marcante, era fato, o brilho nos olhos que os contaminava naquele dia.



Aquela noite nunca acabou não dormiram, não se esqueceram...
E cada segundo do dia que passava era como se fosse uma eternidade para o que acabara de nascer ali na noite anterior. Um sentimento fenomenal que só que já sentiu vai saber o que estou descrevendo. Foi um novo amanhecer, o sol raiou e saíram da escuridão, almas que se encontraram corpos que se entrelaçaram corações que jamais poderão se esquecer... Era nada mais nada menos que o amor ali.
E quem via de longe, podia observar, nos gestos, nos olhares, nos carinhos todo o cuidado, toda ternura que se contemplava entre essas duas almas.
Se foi Deus, se foi o destino, se foi a vida, seja lá o que foi...
Foi amor à primeira vista, amor ao primeiro beijo, ao primeiro toque, ao primeiro sorriso.
E quando não estão perto um do outro, ouço suspiros... Vejo pensamentos distantes, vejo lágrimas de saudade, vejo devoção ao dormir com uma vontade imensa de ter um ao outro no sonho. E neles nada falta, a não ser a presença um do outro que completava a partir de cada instantes juntos o motivo nato da existência da vida de cada um!

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